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Trancoso

Trancoso

Situada num planalto da zona interior do país, faz parte da rede das 12 “Aldeias Históricas” de Portugal, conjunto de antiquíssimos núcleos urbanos com fundação anterior à nação portuguesa, situadas na região das Beiras e de grande importância histórica.

Palco de inúmeros conflitos entre a cristandade e o Islão, a entrada principal faz-se pela Porta d’el Rei da muralha que circunda o castelo medieval, reconquistado em 1160 pelo 1º rei de Portugal.

A presença judaica pode ser observada em dezenas de cruciformes e inscrições hebraicas, na arquitetura, na famosa Casa do Gato Negro e nas obras do futuro Centro de Interpretação Judaica “Isaac Cardoso”.

Em Trancoso, ainda existe a casa-quartel do General inglês Beresford, Conde de Trancosocomandante das tropas anglo-lusas durante a Guerra Peninsular contra as tropas napoleónicas.

Foi aqui que surgiram as famosas Trovas do Bandarra, proibidas pelo Santo Ofício por serem consideradas profecias de cariz messiânico que remetiam para o mito do regresso do Encoberto, ligado a D. Sebastião, desaparecido na Batalha de Alcácer Quibir.

A estátua do “vidente de Trancoso”, o Nostradamus português, um sapateiro que se tornou numa das figuras mais esotéricas de Portugal ao compor trovas de inspiração divina que profetizaram a perda da independência de Portugal em 1580 e sua restauração em 1640, encontra-se no largo do município.

Às sextas feiras, realiza-se um dos maiores mercados da Beira Alta, em agosto a conhecida feira anual de São Bartolomeu, e em dezembro, a Feira de Santa Luzia. Trancoso também promove todos os anos a Feira do Fumeiro, dos Sabores e do Artesanato do Nordeste da Beira com diversos expositores de enchidos e fumados, queijos, pão, doçaria regional, vinhos, mel, azeites e artesanato regional.

As Sardinhas Doces são uma especialidade da doçaria conventual de Trancoso, cuja história remonta aos finais do século XVII, altura em que se acredita ter iniciado a sua produção no Convento de Freiras da Ordem de Santa Clara.

Galeria

A mística da terra do profeta Bandarra, o Nostradamus português, aquele que Fernando Pessoa designou como o «sapateiro de Trancoso em cuja alma vivia, ninguém sabe como, o mistério atlântico da alma portuguesa».